Tribos Urbanas Movimento Hippie História, roupas, personagens...
Movimento de juventude que nasceu na Califórnia, na América do Norte em 1966. Hip significa zombar e melancolia. Pacifista, pregava a filosofia do amor (filosofo significa amigo do saber). Jovens estudantes reuniram-se para expor ao ridículo a guerra do Vietnã. Foi um ato de zombaria que revelou o desencantamento de uma juventude sem ideal. O traje desse movimento era composto de calças de jeans, pantalonas com boca de sino, e no lugar de camisas e blusas, ambos os sexos usavam batas indianas, como apego a culturas distantes deste mundo massificado e corrompido pela guerra e pela sociedade de consumo. A estética hippie é também conhecida como a estética da flor e do amor A característica básica dessa moda foi o uso da cor. Introduziu o estilo unissex e seu gosto pelo colorido estava associado à cultura psicodélica. As roupas eram, em geral estampadas e faziam alusão aos símbolos do movimento: paz e amor, além de flor e motivos orientais. Moços e moças usavam cabelos longos, repartidos ao meio com ar angelical.
Os sapatos e bolsas tinham aspectos artesanais, próprios de culturas não industrializadas. Houve grande valorização de adornos de origem folclórica.
Os sapatos e bolsas tinham aspectos artesanais, próprios de culturas não industrializadas. Houve grande valorização de adornos de origem folclórica.
Sobre a revolução que estava começando pregavam que questionaria não só a sociedade capitalista como também a sociedade industrial. Para eles a sociedade de consumo deveria morrer de forma violenta. A sociedade da alienação deveria desaparecer da história.
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Estavam inventando um mundo novo e original, e com a imaginação estavam tomando o poder. Estas eram as palavras do manifesto afixado à entrada da tradicional Universidade de Sourbonne, durante as manifestações estudantis que abalaram Paris e o mundo em maio de 68. Suas palavras poderiam figurar em qualquer texto de qualquer canto do planeta nos anos 60.
Estavam inventando um mundo novo e original, e com a imaginação estavam tomando o poder. Estas eram as palavras do manifesto afixado à entrada da tradicional Universidade de Sourbonne, durante as manifestações estudantis que abalaram Paris e o mundo em maio de 68. Suas palavras poderiam figurar em qualquer texto de qualquer canto do planeta nos anos 60.
A guerra fria se acirrava por meio da obsessiva corrida armamentista e espacial. Tal fenômeno político foi marcado pela construção do muro de Berlim, em 1961, que dividiu o mundo no plano simbólico entre os azuis e os vermelhos. Neste contesto, ganhava o centro das atenções à revolução socialista em Cuba que trazia a ameaça vermelha para a América e fortalecia os soviéticos. A ofensiva do Tio Sam disseminou o vírus das ditaduras militares no continente e, nós brasileiros também sofremos dessa irradiação e interferencia.
Che Guevara Guerra do Vietnã
Outras manifestações do jogo da guerra fria foi a guerra do Vietnã, onde morreram milhares de jovens americanos, crianças, jovens e velhos vietnamitas, em nome da absurda causa alheia, some-se também a isso o assassinato de John e Bob Kennedy, e do líder negro pacifista Martin Luther King, o crescimento da sociedade industrial de consumo e o ascendente fenômeno da juventude como nova força, incluindo a política. Muitos Power surgiram como o Black Power, o Gay Power, o Wamens Lib.
Os anos 60 foram, sobretudo, de uma nova juventude, que também transviada, substituiu James Dean e Elvis Presley pela rebeldia política de Che Guevara e a moral sinalizada por Jimi Hendrix e toda uma constelação de pop-stars que morreu vítima da overdose e drogas.
Che Guevara o herói....
Jimi Hendrix
Novos posters na parede, novas idéias na cabeça – estranho apresentar um líder da revolução cubana, morto em combate nas selvas bolivianas, ao lado do revolucionário, o guitarrista de Woodstock, morto em 1970, em Londres por uma intoxicação de barbitúricos.
Representaram as duas faces da mesma moeda da década, duas maneiras de viver, sonhar e morrer; ou se vivia, ou se sonhava, ou se morria com eles, ou tudo isso junto. O que importava era a revolução, desde que em benefício do homem, em nome da liberdade. Assim, se chamava para agir sobre o seu tempo, gente como o Zaratustra do rock, Jim Morrison e sua melancólica banda The Doors.
Dois ideais corriam paralelos, de um lado a revolução política, de outro, a cultural, propondo chacoalhar as bases da cultura oficial, propondo transformações comportamentais. Uns adaptados à disciplina militar partidária, outros, inadaptados a tudo que não fosse o próprio desejo. Os primeiros atuavam por meio de partidos e grupos políticos, os segundos, pelas formas alternativas dos grandes encontros comunitários, happenings e concertos de rock. O que para uns era o ponto de partida para outros era o ponto de chegada, fazer a revolução coletiva partindo da individual ou a individual pela coletiva.
Acreditava-se que apenas numa sociedade livre da exploração capitalista do homem pelo homem é que o indivíduo podia gozar de liberdade, de autonomia. Os que faziam o caminho inverso, da parte para o todo, afirmavam que apenas o homem consciente da sua individualidade poderia libertar a sociedade de toda a milenar carga opressiva. A equação pode assim ser resumida: é preciso ser livre, para libertar a sociedade, ou,
só se é livre em uma sociedade livre.
Sobre esses jovens Eric Hobsbawm (1995) em A Era dos Extremos, fala que pregavam “que sem revolução não há tesão, e sem tesão não há revolução”. Isto levou a que, enquanto alguns jovens levantavam a bandeira socialista, outros erguiam o pensamento existencialista. Os mais afinados com os acordes de Hendrix defendiam que a maior contribuição se dava, sem dúvida, no plano comportamental que materializava uma nova cultura, a contracultura.
Para o time de Che, os anos 60 significaram a prisão, exílio ou a tortura. Habitavam apartamentos clandestinos ou viviam na selva em guerrilhas, num momento de tensão e participação. Para os de Hendrix, em comunidades espalhadas pelo mundo sem fronteiras, habitando barracas e colchonetes ao ar livre, num momento de alegria e descompromisso, assistindo a festivais de rock, curtindo o corpo nu, o poder das flores e a distância dos males da civilização. Jovens da baioneta e da guitarra. No slogan “sexo drogas rock’n roll” e política, no fundo buscavam apenas o direito de o homem ser livre e feliz longe das guerras através da oposição à cultura dominante que os convocava para morrer numa guerra sem pátria.
O movimento de contracultura foi à guerra dos ideais contra a guerra da idéia de dominação da cultura capitalista ocidental norte-americana contra a cultura comunista russa e asiática que tentava avançar pelo resto do planeta.
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