sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A cultura hippie, seus desdobramentos sociais tribais até hoje

Efeitos sobre a música, as socialidades contemporâneas

                                     O inicio dos anos oitenta e final dos anos setenta foram tempos muito politico, os jovens estavam  num estado de militância pois estávamos vivento um período de ditadura, as musicas eram poéticas e politicas e o movimento estava rolando nos festivais, alguns como os  festivais de aguas claras , ou Iiacanga, por exemplo estiveram presentes por uma década o Rock and Roll e a MPB estiveram de mãos dadas neste período e o foco era o sistema,e a ordem da época, a Cannabis, o chá e cogumelo foram presentes e o  LSD também mas nem tanto, após 1985 com a restauração da democracia o movimento mudou entrou uma nova geração que não tinha mais este tipo de preocupação, e no final dos anos oitenta iniciou o movimento técno, que tinha uma proposta mais voltada pra o prazer e a satisfação o com hipnótico como o psicodélico como no inicio dos anos  1968/70 porém sesta vez mais moderno “eletrônico”   

Amigo internauta ajude a manter a revista no ar
de um clique ao patrocinador
seja bem vindo

                                       O movimento techno, que começa nos anos 80 e explode nos anos 90, lembra e parece comemorar, sem cessar, as grandes aglomerações festivas e funcionais como o concerto de Woodstock ou aquele da ilha de Wight pelas grandes festas, les technivals. Essas festas gigantescas, as raves, agrupam milhares de pessoas em lugares insólitos das grandes metrópoles (depósitos abandonados, canteiros, prédios inabitáveis), depois vão imigrar para os lugares mais bucólicos onde elas serão mais livres, as free parties. As festas techno também irão se institucionalizar e penetrar em lugares mais reconhecidos como as boates e os estádios e se transformam em technivals, que duram muitos dias. Os frequentadores de raves são também consumidores da pequena pílula de ecstasy, que se toma a dois, ou em grupo, para se entregar a esse tipo de festa. Como o LSD alucinógeno dos hippies, é uma droga hedonista que multiplica as sensações, e como as anfetaminas, permite a liberação das forças físicas, para ficar toda a noite sem dormir, dançando. Como o LSD, o ecstasy poderia ser uma droga do amor, pois, ela é um multiplicador dos efeitos sexuais e eróticos. No entanto, os participantes de raves não a utilizam nesse sentido. A droga parece mais favorecer uma espécie de fusão com o coletivo, pares ou o público dessas festas. Dançar todos juntos como um só corpo coletivo, esse envolvimento é o nirvana do frequentador da rave.



Festival de Águas Claras - 1975


O movimento reggae, e o rastafári, como os hippies, consomem cannabis e usam os cabelos longos (de preferência não penteados), as famosas tranças ou dread locks, lembrando assim suas raízes africanas, Mãe África, ou aquelas dos sadhous indianos, Mãe Índia, e poderiam ser considerados como seus herdeiros diretos. Tanto o movimento reggae como o movimento hippie desenvolvem uma abordagem holística de sua reivindicação cultural. Ao mesmo tempo movimento musical e movimento religioso, o rastafarianismo, tem um forte conteúdo mitológico, é também um movimento político de contestação e de reivindicação de uma cultura própria. Eles adotam um modo de vida fundamentada sobre a paz e a tolerância, a dignidade pessoal e a redescoberta das harmonias naturais e cósmicas esquecidas pelo mundo moderno. There is a natural mystic flowing to the air/ Há qualquer coisa de naturalmente místico no ar, canta Bob Marley que divulga o movimento e suas dimensões místicas, através do reggae jamaicano, suas cores, vermelho /ouro / verde, seus valores, o sonho bíblico de Zion, (Iron, Lion, Zion), e o Deus Jah de um povo negro vindo da Etiópia, os ancestrais longínquos dos rastas.



O movimento hip hop, lembra também a utopia hippie, porém de maneira mais remota ainda, já que a música rap e o mundo dos rappers poderiam desenvolver uma crítica radical de modernidade e uma vontade de viver aqui e agora, senão na harmonia, mas ao menos na dignidade e na honra de uma cultura reinventada. Ponto comum, contudo, o cannabis, é um meio de se desprender e de romper com a vida mediana proposta pelas sociedades ocidentais e, no caso francês, com o deserto da vida, dos conjuntos residenciais, para fundar uma cultura própria. Um mesmo velho sonho coletivo de um paraíso perdido, a Zoulou nation11 , os sound systems, os crews, os possies, designam os bandos, clãs ou famílias aumentadas, que vão, logo, se transformar no ponto focal do estilo de vida de rua no sul do Bronx12 , e também nas periferias de todas as grandes capitais ocidentais, dos jovens encapuzados e dos tênis Nike.



                       👉 👉  conheça a sociedade alternativa 👈  👈


Nenhum comentário:

Postar um comentário

quando acaba o maluco sou eu

  " Pare o mundo que eu quero descer Que eu não aguento mais escovar os dentes Com a boca cheia de fumaça... Você acha graça porque se ...